sábado, 27 de setembro de 2008

Mais uma...

Mais uma crônica boba e sem nexo.

A honestidade soa aos nossos ouvidos como um suave concerto campestre de violinos, precisa-se manter cada nota em minunciosa harmonia. Tocar nessa orquestra não é tão difícil quanto parece, é mais ainda. Fazer ecoar cada nota sob o vento é um exercício maior do que simplesmente ter aptidão, é dispor de prática.
Sociedade suja, corrupta, desonesta... você com certeza já ouviu uma dessas "notáveis" adjetivações, são estereótipos mal embasados por culpa de insucessos em concertos, de notas desafinadas a instrumentos utilizados de forma indevida por representantes. Esses por sua vez não treinaram a lição-de-casa e transformaram o grande espetáculo musical em uma esdrúxula apresentação circense, afinal o palco é o reflexo dos ensaios.
A fina sintonia do poder e a corrupção quer sufocar resquícios do otimismo - sim, estamos falando do Brasil -, o pouco que restou se tornou ameaçado, os campos foram devastados... e os sons? Abafados pela comodidade como um grito sufocado.
Não cresci ouvindo melodias, tampouco orquestras harmoniosas e sim os estridentes berros da minha mãe quando hesitava; disse para fazer sempre o que é certo por mais que o mundo pareça uma enorme barreira. Ela não percebeu, mas com gestos nada suaves, me entregou a educação... porque a música, a música não pode parar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A arte de viver bem

Aprender; foi-se o tempo em que saber era o bastante para garantir uma vaga no então sonhado mercado de trabalho. O cidadão se remete a livros e mais livros para então ir ao encontro da árdua vida moderna. Por em jogo o bem-estar vale o sacrifício?
É inegável que os aglomerados urbanos passaram por uma metamorfose intensa e rápida. O processo foi tão explosivo que a muitos autores convêm chamar de "boom" urbano. Mudanças nas estruturas das grandes cidades influenciaram diretamente nas novas tecnologias implantadas, nos setores economicos produtivos e, conseqüentemente, na qualidade de vida dos habitantes. A jornada de trabalho diminuiu, as leis trabalhistas tornaram-se mais rígidas, mas essa série de medidas não acompanham o bem-estar da maioria da população.
Com as duas primeiras revoluções técnico-científicas, as primeiras cidades baseadas em modernos padrões de produção - voltados para a DIT - foram criadas. O sistema feudal caiu gradativamente com revoluções locais ou em massa, as pessoas migraram para perto da indústria e em um ambiente deplorável, ruelas e calçadões não havia burguês, nobre ou servo, só habitantes em busca da ascensão econômica. O mau desenvolvimento urbano unido à ávida busca de capital por questões adaptativas deu margem ao nascimento da sociologia, essa que busca explicar a interação do homem e do meio em que vive.
Ilogicamente, o jovem desprende horas do seu dia para construir sobre alicerces algo que vai desfrutar no futuro. Afinal quem não deseja a estabilidade? Noites sem dormir, stress, dimuição das relações interpessoais são características marcantes deste contra-senso que é a vida moderna. Essas por sua vez prejudicam o que é primordial, a saúde. Chegada a terceira idade- ou até antes - a luta pela ascendência se reverte na recuperação da saúde; é tarde. Manter o padrão de vida aceitável com a globalização do capital faz dos centros urbanos a selva sem distinção de presa ou predador.
O capitalismo nasceu, cresceu e hoje goza de plena soberania e com ele é normal que haja a constante renovação do mercado de trabalho de acordo com as tendências consumistas. Tolice seria dizer a um pai para de trabalhar e se dedicar à familia, porque é pensando nela que se sacrifica. O esforço vale desde que haja moderação.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uooow

Fiquei muito feliz em saber na festa de Paulinha Praddo que lêem o meu blog, deliciosamente fútil convenhamos, enfim, muito obrigada! :*

sábado, 9 de agosto de 2008

Canção para quando te encontrar

Se deres um passo na escuridão
Estarei ausente,
Mas ao dar o segundo passo
E em seguida abrir os olhos
Estarei bem a sua frente

Nossos olhares se cruzarão,
E em silêncio nos abraçaremos,
Os lábios se tocarão
E com os corpos ardentes nos amaremos
Com fervor e intensa paixão

Caminharemos de mãos dadas,
a emoção será tanta
Que não conseguiremos falar
Para que falar;
se o coração já fala por nós dois?
Estas são as palavras
que nem os sábios sabem pronunciar,
pois são minhas,
nasceram no meu coração
E meus olhos a você falam

E eu iluminarei o teu caminho,
Por onde andares,
Porque o meu amor por ti
É tão grande como o espaço celestial
E quando nossos corações pararem,
A chama ainda permanecerá,
as testemunhas do nosso amor dirão:
- Foi eterno e eterno continuará.
Nem o Sol, nem a Lua
Nem toda a beleza aqui existente
Irradiarão tanta luz e alegria
Quanto nossa emoção
Palavras do coração.


Marreiros fez, eu adaptei no meio da aula sobre Drummond de Andrade.
Ao meu amor.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Crianças e a arte de viver

A felicidade é como um pássaro selvagem, sempre voa para o lado mais quente e aconchegante. Quando tentamos de alguma forma capturá-lo, ou morre no cativeiro moderno, ou simplesmente foge em busca do velho e doce sabor da liberdade. O que fazer em mundo em que, quanto mais procuramos sentimentos bons que nos tragam a felicidade, mais nos deparamos com monstruosidades de caráter complexo e assustador?
Antes, uma das principais causas da busca por consultórios de psicanálise era a falta de coragem e de audácia para agir conforme as vontades próprias. Mudanças nas estruras sociais, comprovam que agora, como se já não bastasse o sentimento de insegurança, quanto a assumir-se, o ser o humano já não sabe o quer, ou talvez nunca soube. Alguns transformam a vida numa busca infidável ao encontro do amor a principal forma de felicidade (dor para alguns). É tolice pensar que o amor é dor, isso só se encaixa a quem não sabe amar. E mais uma vez a maldição do pessimismo tenta corromper o que há de bom. É certo que corremos o risco de sofrer quando nos deixamos cativar, tal fato é importante para que o tempo nos ensine a valorizar e fortalecer os laços, portanto experimentar o amargo é bom para que se saiba o que é doce, assim diriam os empiristas.
Enquanto valores fúteis e os objetos supérfluos dominam a sociedade por meios etnocêntricos e midiáticos, a simplicidade vai se perdendo, e com ela o sentar para jantar, o cumprimentar, o desejar de um bom-dia e até os pedidos de desculpa e por favor! Indubitavelmente, há um estreitamento nas relações afetivas atuais, claro que existem exceções, mas ampliando a visão a era da rapidez e a busca incessante de conforto acaba por separar aquela que é o alicerce social, a instituição familiar.
Não se pode exigir o retorno de economias incipientes, muito menos a regressão tecnológica para que haja uma maior cumplicidade entre as pessoas. Simplicidade de um olhar, o abrir de um sorriso, o agradecer por um bom dia, mostrar que quem tá ao seu lado é muito importante pra você, são lições simples que infelizmente não ensinam na escola, a vida se encarrega mostrar. Talvez deva ser como um dos maiores líderes da história disse, devemos ser como crianças... crianças que com gestos verdadeiros e puros são capazes de dar vida a epitáfios ambulantes.

sábado, 26 de julho de 2008

Café

O café se não existisse teria que ser inventado. Tem coisa melhor do que aquele aroma provocando os nossos sentidos através de um nas manhãs? Café tem cheiro de regionalismo, tem cheiro de tardes em meio a conversas bobas junto com a família.
O café tem o gosto amargo das mazelas sociais, da vida sofrida no campo. Em mil oitocentos e oitenta e oito o açúcar foi acrescentado ao café... passados anos, nada melhor do que unir o café ao leite.
Colher, torrar, moer, empacotar, transportar, vender, comprar, levar, abrir, filtro coador, cafeteira, gota, gota, gota, copo, café, cheiro, primeiro gole.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ser poeta

É fazer amor com a vida
E como num gozo
Atear fogo em versos
Com palavras-combustíveis

Esquizofrenia filosófica

Enquanto você diz que o tempo é o senhor da razão, digo que este é o senhor da loucura. Mas a loucura não precisa ser ruim, porque ela não é. Só os loucos, os animais e os mansos se salvam, mas se salvam do que? De quem? Quincas Borba meu amigo, ao vencedor as batatas meu caro!
O tempo passa e sobrepuja toda a razão desperdiçada na busca do eu. Quem sou eu? Eu sou ninguém, eu sou todo mundo, eu não sou, eu hei de ser. Descartes grita ao meu ouvido:
- Tu pensas oras, como podes acreditar que não existes? A maior prova de tua existência se comprova no gastar de teus neurônios.
Coitado dele, já não existe mais... mas insiste em gritar ao meu ouvido. Epistemologia falida, não?!
Não Nietzsche, acalma-te, ainda não elogiei tua filosofia deveras fajuta, exímio crítico da esquematização do pensamento. Agora só pergunto, qual teu método de persuasão? É... acho que a tua máscara caiu. Pode rir a tua derrota, comemora a tua demência como quem ri cavando a cova. Porco imundo!
Ah Sócrates, porque ao invés de comer, não conta o delicioso sabor da cicuta? Por que não ensina sobre o teu nacionalismo? Parabéns, teu orgulho te levou a um lugar realmente longe.
Não Clarice, já disse que teu ímpeto emocional é demais pra mim. Continue a buscar em Sartre que o "inferno são os outros", quando na verdade nós é que somos culpados.
O inferno e o paraíso são projeções nossas, só nossas.
Levantei-me e disse a todos o que havia escrito no papiro:
- Meus pequenos demônios interiores, hei de enfrentá-los! Vou-me embora pra Pasárgada!

Prometo que vou me tratar.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Carcará

Carcará
Aqui na cidade
Era um bicho que avoava que nem avião
Era um pássaro malvado
Tinha um bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando via roça queimada
Saía voando, cantando,
Carcará
Vai fazer as suas compras
Carcará come inté dinheiro
Acabou o tempo da invernada
A cidade, só roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem se não fosse o home
Carcará agora é malvado, é valentão
É a águia em plena globalização
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais se não fosse o home
Carcará

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A(mor)

A vida
A môr
A(e)le
A(mor)
[...]
Tu tu tu

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Esta noite vou sonhar com você...

Sentirei seu cheiro e ao começar a subir as escadas meu coração baterá compulsivamente com o som de seus passos apressados.
Você sorrirá com a mesma ternura de antes, me olhará com mistério e eu me jogarei em seus braços.

Caminharemos juntos em roda, de mãos dadas pela sala. Iremos gargalhar por estarmos tontos de alegria e cairemos no tapete, como fruta madura que cai do pé.

Não vamos dizer uma só palavra — palavras lembram erros —, deixaremos que os nossos olhos conversem enquanto suas mãos brincam sob meu corpo,sua língua reconheça o meu gosto e seus sentidos se percam em meio ao meus gemidos.

Abrirei bem meus olhos para não perder nenhum de seus arrepios, esquecerei a dor que me fez companhia desde que você se foi — nada aconteceu — e sorrirei como há muito não fazia.
Contemplarei sua face como a de uma obra rara, me encantarei com cada gesto como na primeira vez.
Beijarei bem devagarzinho cada parte sua, sentirei seus pêlos se misturarem com minha saliva e roçarei com ardor meu corpo sobre o seu, para que na hora do banho eu me surpreenda com algum de seus deles ainda perdidos em meu umbigo ou no bico de um dos meus seios.

Você segurará minha mão bem forte para que eu não sinta medo e sussurrará mordendo a ponta das orelhas aquela nossa velha canção:
“Eu sei que vou te amar, por toda minha vida eu vou te amar...”
Amaremos-nos com urgência até nossos corpos ficarem exaustos e você conseguir sentir a dor de minhas unhas cravadas em suas costas.

E por fim, quando a noite chegar, deitaremos na varanda naquela velha rede e você achará graça quando lembrar que ouço as estrelas.
Agradeceremos aos deuses o tempo que nos deu uma “outra vez”. Falarei baixinho do meu amor e você fará a jura de ser sempre meu.

Dormiremos em seguida, com as minhas pernas entrelaçadas as suas, minhas mãos junto ao seu peito e a certeza de que mesmo nos perdendo, o sonho sempre me trará o encantamento de ter você como eterno.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Tendências modernas?

Dinamicidade. Praticidade. Rapidez e conforto... são todas estas, aspirações da ociosa sociedade moderna, que prevê nos avanços científicos uma forma de saciar a sua fome consumista. Assim surge um novo império que tende a dominar sem fronteiras ou limites entre o céu e a terra, a tecnologia. Quais são os benefícios e os males que ela pode nos trazer?
È fato que, com o passar do tempo, houve um desenvolvimento mundial de dimensões assustadoras, e com as revoluções industriais, a inevitável ascendência tecnológica. O desenvolvimento “prussiano” da maioria dos países, nos trouxe uma problemática ainda não resolvida, o desemprego tecnológico decorrente da substituição do homem por máquinas e da falta de preparo.
Hoje, a população tem uma maior expectativa de vida por conseqüência dos avanços da medicina, que não seriam possíveis sem o refinamento do quarto setor. Um exemplo simples e prático do nosso cotidiano traz um problema que de ano em ano torna-se despercebido, o encarecimento de procedimentos clínicos, o que exclui os seguimentos sociais mais baixos e pesam na contagem final das dívidas do trabalhador de classe média.
O mundo está repleto de analfabetos digitais, estes precisam urgentemente da inclusão no processo globalizado. Uma potência só é desenvolvida quando os participantes entendem a necessidade dos princípios científicos, os transformando em resultados e a partir daí dominando os amplos setores econômicos. É algo que em longo prazo vem ocorrendo com países como o Brasil.
Ditada pelas tendências modernas atuais, não há saída alguma senão a criação de programas de assistência tecnológica para a população, oferecendo capacitação e assim a possibilidade de auto-suficiência do quarto setor. Esta medida combate os alicerces dos problemas e por conseguinte, elevaria as condições financeiras de amplos setores sociais.

sábado, 10 de maio de 2008

A força

"Nada no mundo pode tomar o lugar da persistência.
O talento não pode, nada é mais comum que homens mal sucedidos com talento.
Gênios não podem, gênios desconhecidos são quase um provérbio.
Educação também não, o mundo está cheio de pessoas educadas e fracassadas.
Persistência e determinação são onipotentes.
O slogan 'siga em frente' já resolveu e sempre resolverá os problemas da raça humana"
Calvin Coolidge

terça-feira, 6 de maio de 2008

Amazônia: impunidade e displicência


Terras abandonadas e inférteis, queimadas constantes, exploração e cultivos ilegais em meio a um terreno inóspito e de beleza rara. Essa é a Amazônia conhecida a partir da mídia? É correto afirmar que não existem políticas públicas que visam a combater o problema da destruição gradativa do nosso patrimônio natural?
São variadas as formas de investimento com retorno no complexo amazônico. Complicado é citar qual chama maior atenção- ora pela falta de fiscalização ora pelo descaso. As mais visíveis incompetências observadas são a ilegalidade do fazendeiro agropecuarista e os projetos de assentamento para com o MST.
Em meados da década de 1960, fazendeiros sulistas foram incentivados a iniciar o processo de ocupação agropecuária no pólo amazônico. Até aí era permitido o desmatamento de 50% do terreno ocupado para a produção; hoje, só é permitido até 20%. Esta medida acabou levando os fazendeiros para a ilegalidade porém, como a fiscalização é precária e a reutilização do solo para o reflorestamento são caros, permanecem na falta sem culpa alguma. Há até quem se orgulhe da quantidade de árvores que já derrubou.
Dois órgãos do governo funcionam antagonicamente. Enquanto o IBAMA visa a preservar as espécies presentes nas fauna e flora, criando áreas de reserva, o INCRA assenta participantes do MST no mesmo local. Seria a falta de um órgão competente que posso gerenciar os dois?
São inúmeros os problemas a expor. É fato que não existe maniqueísmo nesse contexto. Ou se é vítima do governo e sua péssima política de reforma agrária. Ou se é vítima da "esperteza" humana. O estado precisa investir em gestão e o homem ser incentivado a andar conforme a lei, o que só ocorrerá quando houver uma rigorosa fiscalização e/ou até mesmo uma premiação financeira a quem age conforme os parâmetros preservacionistas.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Veja o que eu vejo.

Era uma ensolarada tarde de segunda, quando recebi a maravilhosa noticia da aprovação no vestibular, todos os meus sonhos de estudante secundarista haviam se realizado ao ver meu nome como um dos egressos na instituição de ensino superior. Mas a vida nos traz surpresas inimagináveis... É, eu havia sido inscrito nas cotas.
Nas escola tratava apenas como um debate ao avulso e imaginava: "Jamais irei me inscrever em uma medida tão segregacionista", mas o tempo passa e as concepções mudam. Minha avó é negra, e durante semanas me indagava se estava fazendo o certo, em não me aceitar como um também. Ao estudar e ver as humilhações que a nossa raça passou ao longo da colonização brasileira, vi que estava só usufruindo de um bem que o estado deu como pagamento a uma dívida para conosco.
Partindo de toda a minha revolta, me inscrevi e fui aceito, fiz um vestibular mais calmo e passei. Muitos 'amigos' me desprezavam e me julgavam como um incapaz, eu realmente queria ter o apoio deles, mas tinham a mente fechada demais para ver o outro lado, afinal, a sociedade é egoísta demais para perceber as necessidades do marginalizado. Em cima de tudo isso deveria haver um trabalho maior de inclusão, quem sabe, partindo daí, não precisássemos mais de cotas.
Terminei minha faculdade me dedicando ao máximo, embora falassem que eu não era digno da cadeira que ocupava, não me importava e seguia, porque o maior preconceito... Está dentro de si mesmo.

domingo, 2 de março de 2008

Shakespeare apaixonado.


"Depois de algum tempo
Você aprende a diferença
A sutil diferença entre dar uma mão
E acorrentar uma alma.
E você aprende que amar
Não significa apoiar-se
E que companhia
Nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos
Não são contratos
E que presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas
Com a cabeça erguida e os olhos adiante
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança
E aprende a construir
Todas as estradas no hoje
Porque o terreno do amanhã
É incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume
De cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende
Que o sol queima
Se ficar exposto por muito tempo
E aprende que não importa
O quanto você se importe,
Algumas pessoas simplesmente
Não se importam...
E aceita que não importa
Quão boa seja uma pessoa
Ela vai feri-lo de vez em quando
E você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar
Dores emocionais.
Descobre que se levam anos
Para construir confiança
E apenas minutos para destruí-la,
E que você pode fazer coisas
Em um instante, das quais.
Se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades
Continuam a crescer
Mesmo a longas distâncias.
E o que importa
Não é o que você tem na vida
Mas sim quem você tem na vida.
Descobre que as pessoas com quem você
Mais se importa na vida
São tiradas de você muito depressa
Por isso,
Sempre devemos deixar as pessoas que amamos
Com palavras amorosas, pois,
Pode ser a última vez que a vejamos.
Aprende que ou você controla seus atos
Ou eles o controlarão,
E que ser flexível não significa ser fraco
Ou não ter personalidade, pois não importa.
Quão delicada seja a situação,
Sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as conseqüências.
Aprende que a paciência requer muita prática,
Descobre que algumas vezes,
A pessoa que você espera que o chute quando você cai,
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprende que maturidade tem mais a ver
Com tipos de: experiências que se teve
E o que você aprendeu com elas,
Do que quantos aniversários vocês celebraram.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança
Que sonhos são bobagens
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva
Tem o direito de estar com raiva,
Mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que nem só porque alguém não o ama
Do jeito que você quer que ame,
Não significa que esse alguém não o ama
Com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes você tem que aprender
A perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade
Com que julga
Você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços
Seu coração foi partido,
O mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo
Não é algo possa voltar atrás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar
Que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode superar...
Que realmente é forte,
E que pode ir muito mais longe
Depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
E que você tem valor diante da vida!"


Achei lindo e resolvi postar.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Músicas...



Estou bestificada ao poder comprovar o poder que uma música tem sobre o consciente imaginario de uma pessoa, ou seja, o escapismo que ela é capaz de gerar. Ao ouvir Djavan, a primeira coisa que me vem a cabeça é um lago, um chá e um grande clássico pra ler, um ambiente de total calmaria.

Nem um dia

Djavan

Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide

Longe da felicidade e todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo
És manhã na natureza das flores

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008


Que retorne os jogos no coliseu, estou ociosa demais!

COMENDO LOMBRIGA COM MOLHO DE VÔMITO

Foi num banheiro público que eu vi
Uma cena lindíssima e gostosa
E dessa cena eu nunca me esqueci
Pois mostrava uma imagem saborosa.

Espalhado no fétido banheiro,
Um monte de lombrigas pelo chão,
Lombrigas se estorcendo bem ligeiro
Como se fossem vivo macarrão.

Uns bêbados entraram no local
Sentindo cólicas nas vis barrigas;
Passaram a sentir-se muito mal,
Vomitando por cima das lombrigas.

Que cena em minhas vistas fascinadas!
Que imagem eu me pus a vislumbrar!
Lombrigas pelos vômitos molhadas
Como se fossem pútrido manjar!

Mas não! Eu não queria apenas ver!
Eu queria lamber o chão gosmento!
Queria devorar, e com prazer,
O podre e nojentíssimo alimento!

As lombrigas molhadas, melequentas,
Se mexendo nos vômitos, no piso,
Eram muito gostosas e nojentas:
Abriram minha fome e o meu sorriso!

Devorei as lombrigas com vontade
E o vômito eu bebi sofregamente;
Depois, eu arrotei com liberdade
Satisfeito e também muito contente.

Meu apetite é coisa tão incrível...
Mantenho esse apetite nesse tom!
E, assim, posso dizer de modo audível:
Comer lombriga e vômito é tão bom...



Vi em um blog aí. Amei! ¬_¬
O que mais me assusta (e surpreende até) além da capacidade que os pedreiros que estão aqui em casa me causarem raiva, além de conseguir suportar barulhos de marretadas (que chega a decibeis insuportáveis) e escrever, além do grau de alienação que uma pessoa consegue chegar e da perseverança diante do fracasso, é a consciência racional que um conhecedor e amante da historia pode ter. É como se estivesse em cima de um predio bem alto observando as pessoas e como se dispõem.
Hoje a primeira coisa que observei ao ver minha irmã grávida, pensei no principio de Karl Marx em seu livro "O capital", que diz a priori que o homem acumula pra si o trabalho das elites e também comecei a me indagar sobre essa tal de mobilidade, em uma sociedade democrática, pq é tão dificil chegar ao poder? O mais engraçado é vê-la perguntando o que eu penso, quando estou buscando principios historicos e sociologicos pro fracasso de um só integrante, no caso ela, e como consigo dar só um sorriso de canto de boca.
O motivo da segunda greve no reino Púnico, foi a aprovação da lei Canuléia, onde o plebeu obteve a permissão de casar-se com um membro da elite (patrício), tudo em busca do acumulo de riquezas, onde mais uma vez, as massas iam à luta manipulados pelos interesses elitistas e traídos, como é de costume.
Devaneios tolos a parte somos todos iguais perante as leis escritas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sei lá, eu ia continuar a postar páginas do meu livro quando falaram que era melhor eu guardar, então tá tudo no Word. Prefiro deixar isso daqui como a minha vida, uma desordem total, 'entendivel' só por pessoas que fazem parte dela ou por mim. (eu acho o_o')
Vou deixar uma poesia muito foda que Yuri deixou pra mim:

Sylvia Plath - Evento.


Como os elementos se solidificam! —
O luar, este penhasco de giz
Em cuja fenda deitamos

Sem trocar um olhar. Ouço um pio de coruja
Vindo de seu índigo frio.
Vogais intoleráveis assaltam meu coração.

O bebê no berço branco se mexe e ofega,
Abre a boca agora, pedindo.
O rostinho talhado em madeira vermelha de dor.

Aí surgem estrelas — inextirpáveis, duras.
Um toque: arde e aflige.
Não posso ver teus olhos.

Onde a flor da maçã cristaliza a noite
Eu me perco em voltas,
Uma trilha de velhas culpas, funda e amarga.

Aqui o amor não pode chegar.
Uma negra lacuna se entreabre.
No beiço em frente

Uma alma branquinha está acenando, um verme branquinho.
Meus membros também me abandonaram.
Quem nos espedaçou?

O breu agora se funde. Mutilados nos tocamos.