sábado, 27 de setembro de 2008

Mais uma...

Mais uma crônica boba e sem nexo.

A honestidade soa aos nossos ouvidos como um suave concerto campestre de violinos, precisa-se manter cada nota em minunciosa harmonia. Tocar nessa orquestra não é tão difícil quanto parece, é mais ainda. Fazer ecoar cada nota sob o vento é um exercício maior do que simplesmente ter aptidão, é dispor de prática.
Sociedade suja, corrupta, desonesta... você com certeza já ouviu uma dessas "notáveis" adjetivações, são estereótipos mal embasados por culpa de insucessos em concertos, de notas desafinadas a instrumentos utilizados de forma indevida por representantes. Esses por sua vez não treinaram a lição-de-casa e transformaram o grande espetáculo musical em uma esdrúxula apresentação circense, afinal o palco é o reflexo dos ensaios.
A fina sintonia do poder e a corrupção quer sufocar resquícios do otimismo - sim, estamos falando do Brasil -, o pouco que restou se tornou ameaçado, os campos foram devastados... e os sons? Abafados pela comodidade como um grito sufocado.
Não cresci ouvindo melodias, tampouco orquestras harmoniosas e sim os estridentes berros da minha mãe quando hesitava; disse para fazer sempre o que é certo por mais que o mundo pareça uma enorme barreira. Ela não percebeu, mas com gestos nada suaves, me entregou a educação... porque a música, a música não pode parar.

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