domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sei lá, eu ia continuar a postar páginas do meu livro quando falaram que era melhor eu guardar, então tá tudo no Word. Prefiro deixar isso daqui como a minha vida, uma desordem total, 'entendivel' só por pessoas que fazem parte dela ou por mim. (eu acho o_o')
Vou deixar uma poesia muito foda que Yuri deixou pra mim:

Sylvia Plath - Evento.


Como os elementos se solidificam! —
O luar, este penhasco de giz
Em cuja fenda deitamos

Sem trocar um olhar. Ouço um pio de coruja
Vindo de seu índigo frio.
Vogais intoleráveis assaltam meu coração.

O bebê no berço branco se mexe e ofega,
Abre a boca agora, pedindo.
O rostinho talhado em madeira vermelha de dor.

Aí surgem estrelas — inextirpáveis, duras.
Um toque: arde e aflige.
Não posso ver teus olhos.

Onde a flor da maçã cristaliza a noite
Eu me perco em voltas,
Uma trilha de velhas culpas, funda e amarga.

Aqui o amor não pode chegar.
Uma negra lacuna se entreabre.
No beiço em frente

Uma alma branquinha está acenando, um verme branquinho.
Meus membros também me abandonaram.
Quem nos espedaçou?

O breu agora se funde. Mutilados nos tocamos.

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