terça-feira, 22 de julho de 2008

Carcará

Carcará
Aqui na cidade
Era um bicho que avoava que nem avião
Era um pássaro malvado
Tinha um bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando via roça queimada
Saía voando, cantando,
Carcará
Vai fazer as suas compras
Carcará come inté dinheiro
Acabou o tempo da invernada
A cidade, só roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem se não fosse o home
Carcará agora é malvado, é valentão
É a águia em plena globalização
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais se não fosse o home
Carcará

Um comentário:

Abiodun Akinwole disse...

lol

essa letra é massa, diz certinho e realidade nordestina em alguns lugares =P


bjo grande, moça


até.